A gravação Convencional com Papel Pigmento Os métodos de gravação foram evoluindo conforme as descobertas da fotografia também o foram. O princípío mais antigo era o da gelatina bicromatada e que era muito comum até a década de 1980. Consistia em uma fina gelatina orgânica aplicada na superfície de um papel. Então esse papel com a gelatina seca era imerso em um banho de Bicromato de Potássio. Assim, a gelatina se tornava sensível à comprimentos de luz ultra violeta. Então se copiava uma retícula de ponto quadrado, redondo ou almofada (estrela). Seguia-se então uma segunda cópia com uma ima gem fotográfica no filme de tom contínuo positivo. A gelatina endurecia mais nas áreas claras e menos nas áreas escuras. O processo passava-se ao transporte dessa fina camada de gelatina copiada para a superfície do cilindro de cobre por meio de pressão e água. Em seguida ocorria a remoção e revelação (remoção da gelatina que não foi totalmente encurecida pela luz) utilizando-se de vários banhos de água fria e quente. Finalmente pinta-se as grandes áreas de não grafismo e grava-se o cilindro com banho de Percloreto de Ferro ou Cloreto férrico. Esse era um processo longo e delicado, porém conferia ao produto impresso uma excepcional qualidade visto que parecia verdadeiramente uma foto impressa com riqueza de detalhes. O processo de endurecimento da gelatina maior ou menor fazia com que o Cloreto Férrico atravesse mais ou menos e gravasse mais ou menos a superfície do cobre. Assim, a gravação tinha profundidades diferentes ao passo que a abertura ou largura dos alvéolos permaneciam os mesmos. Esse processo foi chamdo de Gravação Convencional com papel pigmento. Eram utilizadas retículas muito finas acima de 100 linhas por centímetro. Durante muitos anos esse foi o processo dominante para gravação. A desvantagem desse processo eram os longos tempos de processamento, o custo da gelatina que era produzida por poucas empresas e a falta de repetibilidade, pois os processo dependia muito da especialidade dos operadores especialmente no processo da gravação química fazendo disso uma verdadeira arte e bastante manual apesar das inovações técnica de tanques e controle de processos. |
Gravação Autotípica O sistema Autotípico foi outro sistema que veio viabilizar a gravação por volta da década de 1950, pois partia do uso de uma camada de "verniz" ou resina igualmente sensível à luz ou também chamada de camada "photoresist" e que era espalhada por uma pistola de ar ou um anel de plástico que revestia a superfício do cilindro de cobre. A camada secava rapidamente e processava-se a cópia com filmes reticulados positivos. Esse método muito mais simples e rápido passou a dominar a maneira de gravar cilindros, porém apenas na indústria de embalagens. Porém, a definição de imagem perdia muito muito visto que já partia de um filme reticulado e não de um tom contínuo. Além disso, devido à aplicação da camada era possível fazer impressões de chados sem emenda (seamless) algom muito difícil em gravação convencional. Já nas empresas de editoria, devido ao largo formato de cilindros com mais de dois metros, o processo convencional continuou até surgir a gravação eletromecânica. A Volta da gravação química Devido à necessidade de caracteres com alta definição, a indústria japonesa voltou-se para a gravação química. Pode parecer um retrocesso, mas não é. Há uma combinação interessante do digital com o processo químico. Funciona assim: O cilindro de cobre é recoberto com uma camada fotossensível. Daí, o cilindro vai para um equipamento de cópia digital que irá “copiar” a imagem, quer dizer, endurecer as áreas de não-imagem ou contra-grafismo bem como definir as retículas da área de grafismo (imagem) que ficarão sujeitas à ação do revelador na próxima etapa. O próximo passo é a revelação ou remoção das áreas de grafismos que não foram endurecidas usando-se para isso um solvente. O cilindro vai então para a gravação química a base de Percloreto de Ferro (FeCl3) que atacará o cobre formando assim as células ou alvéolos. Depois de lavado a última etapa é a aplicação de uma camada de 4 a 6 micras de cromo duro e então estará pronto para a impressão. |
Gravação Eletromecânica e à Laser
A gravação eletromecânica foi inventada em 1961 pela empresa alemã Hell e não demorou até tornar-se popular. Empresas de embalagens e editoras logo passaram a utilizar. Mas as editoras perceberam uma vantagem na rapidez visto que os periódicos obviamente precisavam de muita rapidez e era uma corrida contra o tempo. Desenvolvolveu-se para as empresas de editoria especialmente, um produto chamada Opaline que carregava a imagem reticulada mas que o cabeçote de leitura da gravadora que era preparado para ler tons contínuos, era desfocado para que a máquina "lesse" as áreas de mínima, médias e máximas como se fosse um tom contínuo e enviasse essa informação para uma central que transformava esse impulso ópitico/elétrico em vibração de um pequeno diamante instalado num cabeçote e que fazia os alvéolos na superfície do cilindro de cobre a uma incrível velocidade de cerca de 3.500 impulsos ou alvéolos por segundo!
Com o aparecimento dos computadores gráficos na década de 1990, a gravação eletromecânica abandonou os filmes, opalines e tons-contínuos para trabalhar com imagens digitais e tornou-se o processo de gravação dominte no mundo, tanto em embalagens quanto em editoria.
A empresa alemã Hell não parou de pesquisar novos meios de gravação e tentou a gravação por feixes de elétrons (Eletron Beam) e também à laser. Dezenas de tentativas com esses dois meios foram frustadas, mas finalmente a empresa lançou em 1995 a LaserStar, sua gravadora à laser. Muito mais rápida o laser não gravava o cobre e sim uma superfície de zinco que reflete menos os raios de luz gerados pelo laser e que eram o grande impecílio ao desenvolvimento dessa tecnologia. A gravação à laser prosperou no mercado editorial visto que a gravação pode chegar a 120.000 alvéolos por segundo. Isso é um importante diferencial visto que os cilidros são muito largos e demoram muito na gravação eletromecânica. Dessa forma o custo/benefício desse equipamento caro compensa em editoria, mas não na maioria das empresas de embalagens.
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