segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A rotogravura


Rotogravura é um processo de impressão direta, cujo nome deriva da forma cilíndrica e do princípio rotativo das impressoras utilizadas. Difere-se dos outros métodos pela necessidade de que todo o original tenha de passar por um processo de reticulagem, incluindo o texto. A impressão é rotativa e se dá em diversos tipos de superfície.
O primeiro projeto de uma máquina com matriz de impressão apresentando o grafismo gravado, foi patenteada em 1784 por Thomas Bell. Porém, o primeiro projeto de um equipamento rotativo de impressão a utilizar deste tipo de processo data de 1860, e deve-se a Karl Klic, que é considerado pai da Rotogravura.
Na Rotogravura, a impressão aplica quantidade de tintas em diferentes partes do impresso. Isso é possível graças à gravação de células em um cilindro revestido com cobre e cromo. A gradação das tonalidades da imagem é determinada pela profundidade das células: as profundas contêm mais tinta, assim imprimem tons mais escuros; as rasas, com menos tinta, resultam em tons mais claros. Depois de ser gravada no cilindro revestido com cobre, a imagem é recoberta com cromo para dar maior durabilidade.

Principais Características

  • Quanto à fôrma:
  1. grande durabilidade;
  2. geometricamente cilíndrica;
  3. baixo gravadas (encavográfica);
  4. possibilidade de imagens em módulo contínuo;
  • Quanto à tinta:
  1. líquida;
  2. secagem por evaporação de solventes;
  3. secagem logo após a impressão;
  • Quanto ao suporte:
  1. lisos;
  2. flexíveis;
  3. macios;
  • Quanto ao sistema de impressão:
  1. direto;
  2. alta velocidade de impressão;
  3. possibilidade de frente e verso;
  4. possibilidade de acoplar corte e vinco ao sistema de saída;
  5. imprime todas as cores em uma única passagem de máquina.


Pré-Impressão

O sistema de pré-impressão consiste nas etapas necessárias para confecção dos cilindros de Rotogravura. O cilindro é a unidade básica de impressão, isto é, para cada cor de impressão corresponde um cilindro de Rotogravura. O processo final da pré-impressão é a gravação de cilindros.


Impressão


Este tipo de impressão é feito em máquinas rotativas, que podem ser alimentadas por folhas ou por bobinas. A alimentação por folhas é utilizada para pequenas tiragens e reproduz trabalhos de arte. A alimentação por bobinas é projetada para rodar a altíssimas velocidades, sendo ideal para trabalhos de elevada tiragem.
No processo de impressão, o cilindro é instalado na máquina (normalmente com 8 cores) é imerso num tinteiro que contém tintas e solventes de secagem rápida (por evaporação). Uma racle (lâmina raspadora) remove o excesso de tinta, permitindo assim, que apenas a área de grafismo (arte a ser impressa) permaneça com tinta. Isto deve-se ao fato da área de grafismo ser encavográfica (baixo gravada) no caso da Rotogravura. Depois de estar devidamente entintado, o cilindro entra em contato com o papel (plástico, papelão…), que em pressão com o cilindro pressor (chamado contra pressão em outros processos) vai imprimir.


Vantagens da Impressão de Rotogravura

  • Impressão de alta qualidade e alta tiragem em branco, preto e colorido;
  • Qualidade uniforme em toda tiragem;
  • Pretos mais ricos e gama mais ampla de tonalidades em relação a todos os outros processos de impressão;
  • Mais econômicas nas altas tiragens e altas Velocidades. No entanto, com preparação cuidadosa e atenção para os detalhes, as pequenas tiragens podem ser feitas a um custo competitivo;
  • As chapas e cilindros, embora durem mais, custam mais que os tipográficos ou em offset.

Tipos de Impresso

Hoje a Rotogravura atua em três campos definidos que são:
  1. Editoria;
  2. Embalagens;
  3. Diversos;
Editoria: A Rotogravura trabalha neste campo mais especificamente no ramo de periódicos (revistas), já que neste tem de cumprir prazos bem restritos.
Embalagens: A grande utilização nas embalagens flexíveis, são compostas de substratos, como por exemplo: celofane, plásticos, (polietileno, polipropileno, nylon, poliéster…). Neste caso é preciso avaliar que tipo de trabalho será feito, a tiragem, a qualidade do impresso, o tipo do suporte, já que é possível se utilizar de outros processos como por exemplo Flexografia.
Diversos: Neste campo está engajada numa série de trabalhos tais como: Papéis de valores, Papéis de parede, Papéis de presente

Máquina de impressão de rotogravura de papel para cigarro.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Como diagramar uma revista? – parte 5

Até agora, você deve ter os seguintes itens:
  • Nome, descrição, público-alvo, concorrentes, etc da sua revista
  • Manual de identidade visual do logo
  • Nome das seções
  • Fontes e cores definidos
  • Templates dos layouts escolhidos
  • Projeto editorial
Agora, basta juntar seu conteúdo.

Conteúdo

O objetivo destes artigos não é o de mostrar o passo-a-passo de como se cria uma revista, apenas como se diagrama ela. O conteúdo é geralmente moldado ao layout em vez de ao contrário.
Com o conteúdo (texto e imagens) em mãos, escolha o layout mais adequado entre os templates da revista. Formate o conteúdo de acordo, sempre respeitando todo o manual do projeto editorial. Lembre-se de seguir as várias dicas dadas nestes 5 artigos.
Afim de ver se o conteúdo está em bom tamanho e legível, faça o teste da pré-impressão imprimindo cada artigo em uma folha. No exemplo da revista que criei, cada folha terá um tamanho aproximadamente de uma página A4.
Como diagramar uma revista
Exemplo de pré-impressão para verificar os tamanhos de fontes e contraste de cores

O boneco

O boneco nada mais é do que a revista pronta em tamanho menor, para analisar a disposição das páginas e conteúdo. Pessoalmente, recomendo imprimir em uma folha A4, frente e verso, e dobrá-lo – neste caso, cada folha teria quatro páginas: duas de um lado e duas do outro. Como você irá encaixar eles, notará que é preciso ver qual folha terá qual página.
Por exemplo: sua revista terá 40 páginas. Na primeira folha, você terá (na ordem) o seguinte: contra-capa (folha final da revista – geralmente com propaganda), capa (primeira folha da revista) e no verso, pós-capa (segunda folha da revista, geralmente com mais propaganda) e penúltima (folha antes da contra-capa).
Boneco - esquema
Minha sugestão é: faça uma cola. Pegue um papel, corte em vários pedaços e vá dobrando um dentro do outro. Depois de atingir o número de páginas que você quer ter na sua revista, vá escrevendo o número das páginas na folha. Agora, desdobre tudo e veja como ficou. Notará que ficou similar ao esquema acima.
Boneco
No meu boneco, imprimi os layouts ainda sem conteúdo pra ver se a diagramação ficou boa

Observações finais

Antes de mandar sua revista para a gráfica, algumas observações finais:
Cuidado com linhas viúvas. Linhas viúvas são aqueles parágrafos cuja última palavra (ou duas últimas) ficam em uma linha sozinha, mais ou menos
assim.
Evite imagens como fundo de texto. É uma questão de legibilidade. Se a imagem estiver muito colorida, por exemplo, o seu texto com uma cor só pode ficar difícil de ler.
Figura - fundo
Procure começar um artigo sempre na página da esquerda. Aqui no ocidente, lemos da esquerda para a direita. Logo, artigos que começam pela esquerda tem maior chance de serem lidos.
Anúncios, preferivelmente do lado direito. Por quê? Pois há uma maior exposição do lado direito. Pegue qualquer revista e folheie-a rapidamente. Notou como você viu quase só anúncio? “Mas por que não colocar meu conteúdo do lado direito, para chamar a atenção do leitor?” – por um motivo simples: quem paga a revista, são os anunciantes. E anúncios neste lado são mais caros.
Quem paga a revista, são os anunciantes. Note o caso da “Veja”: parece que 40% da revista é dedicada a publicidade. Mesmo com uma tiragem e venda super alta, o preço cobrado pela revista ao leitor não arca com todos os custos. Os valores de publicidade chegam a R$ 50.000 por uma folha inteira. São os anúncios que fazem com que a revista possa continuar existindo. Então quando estiver diagramando, deixe espaços bons para seus anunciantes.
Cuidado com a resolução. Qual será a resolução de impressão? A qualidade da sua revista será o equivalente a de um jornal? Ou algo mais dentro dos padrões atuais? Lembre-se de usar as imagens de acordo com isto. Por isso a importância de fazer uma pré-impressão em um tamanho aproximado. Use uma imagem de resolução muito baixa, e a impressão fica estourada. Uma de resolução muito alta, o resultado é um arquivo desnecessariamente pesado.

Finalizando

Agora, basta preparar o arquivo para a impressão. Esta é uma parte técnica que não vou explicar – se você não sabe como fechar um arquivo, sugiro que peça ajuda a quem sabe fazer isto bem.
No caso da minha revista, eu decidi imprimir em uma gráfica normal. Foi feito em tamanho super A3, frente e verso, refilado e dobrado. O resultado final foi este:


Como diagramar uma revista


Fonte:http://design.blog.br/design-grafico/como-diagramar-uma-revista-%E2%80%93-parte-5

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Como diagramar uma revista? – parte 4

Escolha das fontes

Parece ser uma escolha fácil de ser feita, mas é longe disto. Quando criei minha primeira revista para um projeto de faculdade (que deu inspiração a este blog), a escolha da fonte foi a mais difícil. Não é tão simples quanto dizer “vamos usar Arial e pronto”, pois há um problema enorme em relação a direitos autorais.
A maioria das fontes que você usa no seu computador são de uso gratuito para fins pessoais. Tente vender uma revista usando elas e logo logo você será descoberto pelo dono. Mas então como se escolhe uma fonte?
Antes de pensar na parte econômica, é necessário buscar uma fonte que sirva ao propósito. Neste caso, seria o da facilidade de leitura em impresso. A maioria das revistas preferem fontes sem serifa, pois em impressões de baixa qualidade ela ainda fica legível. Além disto, é necessário se preocupar com o kerning – o espaçamento entre uma letra e outra (se você não sabia disto, sugiro ler meu artigo sobre “O que é tipografia?” antes de continuar).
Em um tamanho normal de 12 pontos da fonte que você escolheu, um texto de 500 caracteres ocupa quanto espaço? É importante notar este tipo de detalhe, pois um espaçamento mesmo que 5% maior do que uma fonte de segunda escolha pode fazer com que sua revista fique maior que o esperado.
teste de fontes
Note a diferença visível entre duas fontes similares
Note como a Geneva (que possui o mesmo tamanho da Arial) é mais espaçada entre as letras, fazendo com que ocupe meia-linha a mais com o mesmo número de caracteres – uns 10% do parágrafo total. Pode não parecer muito, mas a diferença entre uma revista de 100 páginas e 110 páginas é grande – o suficiente para deixar de colocar 10 páginas de publicidade.
Para ajudar a decidir melhor qual fonte usar, imprima o mesmo texto em fontes diferentes. Sim, é necessário imprimir! Fonte em tela fica diferente de fonte impressa. Preferencialmente, imprima um texto normal (e não o “nononono” que publicitários usam).
Como escolher uma fonte
Após escolher sua fonte, agora é correr atrás para licenciar o uso dela. Entrar em contato com o autor, negociar um preço, fechar contrato, etc. Boa sorte ;)

Escolhendo as cores

A maioria das revistas tem algumas cores básicas que são repetidas páginas afora. A Super Interessante usa bastante o vermelho, a Info Exame, laranja, etc. Estas cores você pode usar no nome das seções (que você já já vai definir), em pequenos detalhes e tudo mais que você achar melhor.
O uso destas cores deverá ser sempre respeitado, assim como as cores de uma identidade visual são sempre (ou pelo menos sempre deveriam) serem respeitadas.

Definindo as seções

Você notou que, mesmo as revistas focadas a um assunto específico (ao contrário da Veja, por exemplo, que trata de vários assuntos), existem seções. A minha revista predileta, a abcDesign, possui algumas seções pré-definidas e outras mais livres. Por exemplo, existe Design & Cultura, Design e Sustentabilidade, Design e Educação, Fatos Gravados, Cases, Entrevista, etc. A maioria delas também possui autores fixos – Fatos Gravados é sempre escrito pelo Ericson Straub.
Quais seções que sua revista terá? Os autores são fixos para estes? Haverá seções que serão fixas, inclusas em todas as edições e algumas especiais que serão esporádicos? E qual a ordem delas? A ordem precisa ser sempre a mesma em todas as edições.
Anote todas estas informações, inclusive fazendo um breve resumo do tipo de artigo de cada seção.

Desenvolvimento de templates

Como já explicado, os templates são layouts pré-definidos. Algumas revistas possuem centenas de templates que ditam como o conteúdo vai ficar, como que as imagens são dispostas e até mostram onde a publicidade deve permanecer.
A quantia de templates que sua revista terá depende do conteúdo dela. Quantas páginas você pretende ter por edição? Cada seção terá seu próprio layout fixo, ou o mesmo pode variar de edição para edição?
O ideal neste ponto é você esboçar vários layouts. Não tenha medo de ser feliz neste ponto. Esboce pelo menos 2 vezes mais layouts do que você pretende usar, e só depois selecione os que você acha que seguem um certo ritmo. Esses layouts você usará como template para seus textos.
“Canha, você não vai me ensinar a esboçar um layout?” Vixi. Outra coisa que um designer já deve saber antes de começar a pensar em diagramar uma revista. Vou ensinar os pontos básicos apenas – o restante, como utilização dos princípios básicos do design, fica por sua conta.

Como fazer um layout

Layout nada mais é que a disposição de informações sobre uma página. É o layout que vai determinar como e o que o leitor irá ler. Na maioria das vezes, o layout é composto de título, sub-título, chamado, artigo e talvez uma imagem. E existem infinitas maneiras de se fazer isto.
(Apenas um adendo aqui: O uso de imagens é altamente recomendável. Imagens chamam e prendem a atenção do leitor de uma maneira mais efetiva do que um chamado ou um título)
Layouts
Quatro exemplos de um layout de duas colunas - poderia ter centenas
Como falei, existem infinitas maneiras de se diagramar estes poucos ítens. Solte a criatividade. Você pode, por exemplo, fazer com que uma página inteira se dedique ao título e chamada do artigo, tendo uma imagem de fundo. No entanto, cuidado com o uso excessivo de imagens de fundo. Uma imagem muito colorida facilmente distrai e dificulta a leitura em textos corridos.
Você pode encontrar vários exemplos de layouts de revistas no Google Images.

Apenas alguns dos layouts que rascunhei
E lembre-se sempre de aplicar os princípios básicos: alinhamento, contraste, repetição e proximidade.

Até agora…

Ok, um resumão do que você deve já ter até aqui:
  • Nome, descrição, público-alvo, concorrentes, etc da sua revista
  • Manual de identidade visual do logo
  • Nome das seções
  • Fontes e cores definidos
  • Templates dos layouts escolhidos
Mas e onde você vai colocar todas estas informações para referência futura? É para isto que existe o…

Projeto Editorial

O projeto editorial serve para inserir todas as informações pertinentes a sua revista. É onde ficará também seu manual de marca, descrição do conceito e público-alvo, características técnicas de fonte, tamanho, espaçamento, etc do título, sub-título, chamada, texto, legendas e por aí vai.
Este projeto precisa ter tudo sobre sua revista e será consultado a cada nova edição para ver se está tudo padronizado.
Projeto editorial
Tenha este documento impresso em uma boa qualidade. Sugiro que encaderne ele, pois você irá utilizá-lo bastante enquanto tiver sua revista.
Pronto! Toda a parte teórica da sua revista está completa. Basta começar a preparar a primeira edição! E isto, faremos na próxima edição final!

Fonte:http://design.blog.br/design-grafico/como-diagramar-uma-revista-parte-4

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Como diagramar uma revista? – parte 3

Antes de começar a esboçar sua revista, preste atenção em mais alguns detalhes. Sim, sei que até agora a única coisa que fizemos foi de olhar, analisar e fazer anotações. Mas design é isto. Como falei no início: se você achou que eu iria mostrar como abrir um software e diagramar algo sem propósito, estava redondamente enganado.

Detalhes menores

Até agora olhamos a revista em um ângulo mais aberto. Vamos focar em pequenos detalhes de uma revista.

A borda

Como diagramar uma revista
Em algumas revistas, e em algumas páginas específicas você vai encontrar um artigo ou outro com uma borda na página inteira. Esta borda quase sempre está em volta de um artigo opinativo de um colunista específico. A borda indica que, o texto nela contido, não necessariamente expressa a opinião da revista. Ou seja, a opinião expressada é somente a do autor. Muito usado na “Carta aos Leitores”, escrita pelo editor, que pode não representar o que a revista ou os donos dela pensam.
Se for ter uma coluna de opinião pessoal, lembre-se de conter ela em uma borda para que fique visível o fato dela “não pertencer” (pelo menos não necessariamente) a ideologia da revista.

Rodapé

Como diagramar uma revista
O rodapé nas revistas pode ser diferenciado, mas sempre possui três ítens distintos: O número da página, a data da revista (ou edição) e o nome dela. Em qual ordem e como exatamente é mostrado varia, mas estão sempre lá. Outra coisa importante do rodapé é o posicionamento: sempre no canto inferior externo. Ou seja, na página da esquerda, fica no canto inferior esquerdo e na página da direita, no canto inferior direito. Isto facilita a procura por páginas específicas. Lembre-se também de sempre colocar na exata mesma posição em todas as páginas.

Final de um artigo

Alguns artigos ocupam mais de uma página. Como que o leitor vai saber que o artigo termina naquele parágrafo e que a próxima página é dedicada a um outro? Para isto, existem os símbolos de final de artigo. Não é nenhum mistério: os símbolos de final de artigo são para representar o final do artigo. Cada revista tem a sua específica:

Como diagramar uma revista?
Veja, Info e Super Interessante respectivamente

Identidade visual

A identidade visual de cada revista é composta de família, tamanho, cor e espaçamento da fonte. Também inclui as cores “institucionais”, nomes das seções e todos os ítens que compõe o visual da revista. A identidade visual é criada para ser seguida à risca. Serve para manter uma harmonia entre os artigos além de facilmente identificar qual revista que é, sem a necessidade de ter que ver o rodapé ou a capa.

Diagramação
Edições diferentes, mas é possível notar que é a mesma revista

Hora de colocar a mão na massa

Ufa, parece que cobri tudo de importante. Então, tá na hora de colocar a mão na massa.

O nome

Até agora, você deve ter um documento com tudo explicado sobre sua revista: o tema, o público, o diferencial, os concorrentes, etc. Está na hora de criar um nome. Esta parte é com você. Escolha algo que seja fácil de ser lembrado e falado.
Após criado o nome, você vai precisar se concentrar em uma identidade visual. Aí que o bicho pega. Lembre-se de focar no fato de que você está criando uma revista. O logotipo deve ser de fácil leitura e deve ser possível de diminuir ela a um tamanho muito pequeno.
Não vou ensinar o passo-a-passo de criar um manual de identidade visual: se você ainda não sabe fazer isto, sugiro que vá aprender primeiro. O manual é o básico que todo designer gráfico deve saber. Lembre-se de incluir as cores no qual o logo poderá ser impresso, o fundo que ele pode ter, tamanho e disposição dele, etc.
É importante notar que, ao contrário de um logotipo qualquer, o da revista precisa ser muito mais volátil. Muitas vezes o logo vai ficar sobre um fundo muito colorido, outras vezes vai ficar um pouco escondido por um título. Tente fazer algo o mais abrangente possível para que ele caiba em todas as situações.

Veja
Note como o logotipo aparece bem em um fundo colorido e fundo neutro

Exercício de hoje

Desenvolva seu manual de identidade visual do logotipo. Não se preocupe com o restante do layout ainda. Isto veremos no próximo artigo. Lembre-se sempre de comparar aos seus concorrentes e analisar como eles fizeram. Isto lhe dará uma boa idéia do que é bom e o que é ruim.

Fonte:http://design.blog.br/design-grafico/como-diagramar-uma-revista-%E2%80%93-parte-3

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Como diagramar uma revista? – parte 2

A estrutura

Vou generalizar aqui – afinal de contas, muitas revistas são bem similares em sua estrutura. As que não seguem, são a excessão. Para facilitar nossa vida, falarei no mais comum; De início, a capa. Não necessito explicar mais que isso. Na contra-capa geralmente há algum anúncio de página inteira. Em seguida, o índice. Logo depois, o editorial. Aí em diante vem todo o conteúdo. Essa é a estrutura básica.
Pode comparar. Você notará que 99% das revistas são exatamente assim: capa, índice, editorial (ou informações sobre a revista ou editora).
Capa - Índice - Editorial
Agora note a estrutura página-a-página. É sempre a mesma história: título, chamada e texto. O título visa chamar a atenção inicial do leitor, a chamada tem como objetivo prender a atenção dele e por fim, o texto informa todo o restante. É só notar como é neste mesmo blog:
Como diagramar uma revista

Repetição do layout

Seja consistente na hora de fazer o layout de sua revista. E tenha isto em mente ao diagramar a primeira edição. Se você notar, uma revista é igual em termos de disposiçõa de informações em todas suas edições. Faça um experimento: pegue duas revistas iguais porém de edições diferentes. Vá até o índice. Veja como as duas edições são bem similares em termos de estrutura.
Super Interessante
Duas edições diferentes. Note a similaridade.
E isto não só na capa, índice e editorial. A estrutura é mantida na revista inteira, com leves modificações ali e aqui. Se você notar bem na imagem abaixo, retirada de uma edição da Veja, verá que o conteúdo é separado em cabeçalho e mais três colunas. As colunas tem espaçamento igual, e até o tamanho das fontes dos títulos dos 3 primeiros artigos são iguais. E o título daquele último artigo? Na verdade, aquele artigo era o primeiro da seção “Brasil”.

Templates

Templates são arquivos-base de layout que podem ser utilizados de diversas maneiras. Você pode utilizar o mesmo template em artigos de um assunto específico, ou mudar os templates de acordo com cada seção da sua revista. Algumas revistas possuem mais de 100 templates diferentes, que muitas vezes diferem só um pouco uma das outras.
Veja como exemplo a imagem abaixo. Imagem ocupando quase toda a metade superior da página, título logo abaixo, chamada ocupando o espaço de duas colunas e três colunas de texto.
Como diagramar uma revista
No entanto, a imagem da esquerda é o primeiro artigo da seção “Internacional”, logo o mesmo vem com destaque. O título do artigo é em caixa alta, em contraste com a imagem da direita que é normal.
Na imagem abaixo, você pode perceber que o template ficou quase o mesmo em 3 páginas de um mesmo artigo. Isto também pode ser feito para diferenciar o artigo dos outros. Há também a presença de um dos ítens do design: a repetição. Note quantas vezes é utilizado o “Q” como parte do layout.
Como diagramar uma revista

Exercício de hoje

Se você não tiver nenhuma revista, vá a uma banca mais próxima e compre algumas. Podem ser revistas diferentes, e nem precisam ser revistas que você iria ler. O objetivo é você observar todos os aspectos do layout delas e como a informação é disposta. Se preferir, rabisque a estrutura de cada página em uma folha, apenas para compará-las depois. Quanto mais revistas você analisar (de publicações diferentes), mais você verá as possibilidades de layouts.

No próximo artigo…

Na terceira parte da série, você aprenderá sobre a escolha de fontes, cores e identidade visual. Além disto, está chegando a hora de você esboçar sua primeira revista. Fique ligado! Aproveite para assinar o feed e não perder o próximo!

Fonte:http://design.blog.br/design-grafico/como-diagramar-uma-revista-%E2%80%93-parte-2

domingo, 9 de outubro de 2011

Como diagramar uma revista? – parte 1

A parte prática

Como usar o InDesign? Como usar o Illustrator? Photoshop? Corel Draw? InkScape? Olha, vou ser franco: não vou ensinar isto. A parte prática é feita apenas no final do processo, e cada designer tem seu software de escolha. Aqui vou ensinar o mais importante: a teoria. Entenda que a teoria é a parte mais importante de todo o processo. Não adianta você querer abrir o InDesign e criar uma revista super legal se você não sabe como será a funcionalidade dele.

Antes de começar

Pode tratar de fechar seu software. Desligue seu computador. Não tente começar a diagramar antes de fazer todo o processo que antecede a criação no software. Como tudo no mundo do design, o processo é feito 90% fora do computador. Só a finalização que deve ser feita nele.

Escolha o tema

Ok, com isto feito, está na hora de pensar. Sobre o que vai ser sua revista? Qual o tema dela? Esse é o primeiro passo e o mais importante. Toda revista tem um tema principal – a Super Interessante trabalha com o tema de “conhecimento”. A Revista Caras é sobre notícias de celebridades. A Veja, notícias gerais. A Playboy…bom, você deve saber.
O tema deverá ser algo que você – ou as pessoas que vão escrever nela – domine. Eu nunca escreveria sobre design de moda pois é algo que não entendo nada. Mesmo se você não vá escrever na revista, apenas diagramar, procure saber sobre o assunto. Leia outras publicações a respeito, visite sites que tratam sobre ele, etc.
Com o tema definido, próximo passo:

Defina o público-alvo

Quem vai ler sua revista? Não me venha com a resposta “todo mundo”, pois cada revista tem um público-alvo por mais abrangente que possa ser. Quem lê a Super Interessante, por exemplo, é um público que está sempre buscando aprender mais sobre qualquer coisa. Mesmo se alguém lê a Super e a Caras, saiba que o público-alvo de cada uma das publicações é diferente (quem lê ambos é considerado uma exceção). A Veja é uma revista que procura tratar de qualquer notícia da atualidade, seja nas áreas de economia, política ou esportes. É um público-alvo abrangente, porém é diferente da revista Carta Capital – que pode até ter muitos assuntos em comum com a Veja – pois a Carta Capital é uma publicação de esquerda.
como-diagramar-publico
Conheça seu público-alvo
O que faz seu público-alvo? Qual a média salarial dele? Leitores da revista Tititi – uma publicação que acompanha as novelas brasileiras – são consideravelmente diferentes dos leitores da revista IstoÉ Dinheiro especialmente no quesito média salarial, pois os leitores da Tititi são (em grande maioria) pessoas que trabalham em casa ou em locais de renda média. Já os leitores da IstoÉ Dinheiro são pessoas que trabalham com bolsa de valores, finanças e negócios – considerados trabalhos de renda maior.
Qual o nível de ensino do seu público? Uma revista de direito tem uma linguagem diferente de uma de engenharia, que por sua vez tem uma linguagem diferente de uma revista noveleira.
Anote tudo isto em uma papel. Conheça bem seu público. Se você não faz parte deste público, pesquise sobre eles. Conheça pessoas que são os potenciais leitores de sua revista. Entenda o que eles fazem. Procure descobrir as nuanças do grupo – o que difere eles do resto da população.

Conheça seus concorrentes

A não ser que você esteja fazendo uma revista sobre plantação de grama ou algum tema absurdo, as chances de você ter um concorrente são grandes. A Playboy, por exemplo, tem como concorrente a VIP.
como-diagramar-concorrentes
Você nem nasceu e já tem concorrentes
Como que seu concorrente aborda o assunto? Como que é a revista? Eles usam mais imagens do que texto? O que eles oferecem em termos de conteúdo? O que faz o seu público-alvo ler a revista deles? Quem anuncia naquela revista?
Faça uma lista com todos os pontos fortes e fracos do seu concorrente. Vale de tudo: até tiragem, disposição nas bancas, vendas online, quantidade de assinantes, qualidade de conteúdo, etc. E cuidado se você achar que seu concorrente não tem pontos fracos, ou que ele não tem pontos fortes – todos tem isto!
Com essa lista em mãos, está na hora de pensar. Pense: como que posso fazer os pontos fortes do meu concorrente ficarem mais fortes, só que pra mim? Como que posso usar os pontos fracos do meu concorrente a meu favor? Anote tudo (você deveria estar anotando tudo desde o início já). Filtre suas idéias em “viável” e “inviável”. Por exemplo, você pode fornecer desconto aos primeiros 1.000 assinantes mas fornecer algum brinde a eles no ato da assinatura vai fazer seu custo ficar lá em cima, eventualmente inviabilizando a idéia.
Agora que você já conhece bem seus concorrentes e conhece bem a si mesmo, está na hora de começar a esboçar a revista propriamente dita. Mas isto, só no próximo artigo ;)

Fonte:http://design.blog.br/design-grafico/como-diagramar-uma-revista-parte-1

sábado, 8 de outubro de 2011

A xilogravura


Xilogravura é a técnica de gravura na qual se utiliza madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo.
É uma técnica em que se entalha na madeira, com ajuda de instrumento cortante, a figura ou forma (matriz) que se pretende imprimir. Em seguida usa-se um rolo de borracha embebecida em tinta, tocando só as partes elevadas do entalhe. O final do processo é a impressão em alto relevo em papel ou pano especial, que fica impregnado com a tinta, revelando a figura. Entre as suas variações do suporte pode-se gravar em linóleo (linoleogravura) ou qualquer outra superfície plana. Além de variações dentro da técnica, como a xilogravura de topo.


História

A xilogravura é de provável origem chinesa, sendo conhecida desde o século VI. No ocidente, ela já se afirma durante a Idade Média. No século XVIII duas inovações revolucionaram a xilogravura. A chegada à Europa das gravuras japonesas a cores, que tiveram grande influência sobre as artes do século XIX, e a técnica da gravura de topo criada por Thomas Bewick.
No final do século XVIII Thomas Bewick teve a idéia de usar uma madeira mais dura como matriz e marcar os desenhos com o buril, instrumento usado para gravura em metal e que dava uma maior definição ao traço. Dessa maneira Bewick diminuiu os custos de produção de livros ilustrados e abriu caminho para a produção em massa de imagens pictóricas. Mas com a invenção de processos de impressão a partir da fotografia a xilogravura passa a ser considerada uma técnica antiquada. Atualmente ela é mais utilizada nas artes plásticas e no artesanato


Flexografia: um carimbo muito caro?


Nenhum processo de impressão pode traduzir melhor a inventividade do homem do que a impressão flexográfica. A princípio, tão técnica quanto um mero carimbo de borracha manual e, nos dias atuais, crescendo vertiginosamente de 2% a 3,5% ao ano, no mundo todo.

A origem do processo flexográfico de impressão tem sido exaustivamente discutida, com pouco efeito, de fato. Sabe-se apenas que a flexografia é um amadurecimento do processo de impressão anilina, manual e rudimentar.

Um tipógrafo chamado Sperling aprimorou, em meados de 1800, o processo de impressão anilina, com a utilização de clichês de borracha vulcanizada empregados numa máquina impressora bastante primária, para a impressão de papéis para embalagens. O fabricante Ostdeutschen Gummiwerken teve sua fabrica tomada pelas chamas, em 1935, e dessa máquina não restou sequer uma ilustração.

A esta altura, surgem as primeiras controvérsias. Os ingleses têm documentos comprobatórios de que a origem do processo flexográfico data do final do século XIX, pela Sociedade Comercial Bibby, Barons
& Sons Ltd. Os registros históricos, no entanto, apontam para uma versão primitiva da impressão flexográfica, no ano de 1860, nos Estados Unidos.

O desenvolvimento propriamente dito da flexografia tal como a conhecemos hoje data do início do século XX, por parte dos fabricantes de máquinas Holweg, Windmoller & Holscher, Fischer & Krecke dentre outros. No início dos anos 20, uma empresa americana combinou a primeira máquina impressora flexográfica com uma máquina de produção de sacos de papel de fundo quadrado, obtendo assim o primeiro módulo conjugado em linha da história das embalagens.

As tintas desenvolveram-se por fim, em meados dos anos 50, assumindo o pigmento como elemento corante e agregando valor às exigências técnicas dos produtos impressos. No fim do mesmo decênio, a flexografia conheceu aquele que revolucionaria de uma vez toda a sua história: o fotopolímero.

Evolução e confusão

Jamais esqueçamos que a flexografia é bisneta do carimbo de borracha. E traz consigo seu maior defeito genético: o squash (esmagamento) de impressão, um halo indesejável nos contornos dos grafismos, provenientes da pressão de impressão.

Em outras palavras, um clichê compressível que, ao ser pressionado sobre o papel, impele a tinta para as extremidades (bordas) dos grafismos em relevo da fôrma de impressão, em virtude das diferenças de
compressibilidade da fôrma e resiliência do suporte a ser impresso.

A tecnologia incumbiu-se de suplantar essa deficiência através de paliativos extremamente eficientes, como fitas adesivas acolchoadas, controles acurados de pressão entre rolos e clichês fotopolímeros com características especiais.

A força da flexografia

A possibilidade de variar a repetição do módulo da imagem, mudando o diâmetro do cilindro porta-clichês e da fôrma de impressão é uma vantagem relevante. Permite à flexografia uma boa competitividade em nichos específicos como embalagens, produtos com papelcartão e papelão ondulado, nos quais a necessidade de repetições variáveis é premente. Outra virtude não menos importante é a flexibilidade para imprimir os mais variados suportes, de durezas e superfícies diferentes, bastando somente adequar a dureza da fôrma relevográfica ao suporte a ser impresso.

Indubitavelmente, o anilox, cilindro reticulado responsável por distribuir uniformemente a película de tinta sobre a fôrma de impressão é a chave do processo flexográfico. Uma faca de dois gumes que, ao mesmo tempo em que permite um controle exato da película de filme da tinta, requer uma série de cuidados processuais e atenção entre a relação da lineatura do anilox com a lineatura do clichê.

A utilização de tintas líquidas altamente secativas, a base de água, solvente ou curadas por luz UV permite a produção em altas velocidades, com excelente repetibilidade, aliada, é claro, a um controle de processos eficiente e abrangente. Façamos menção ainda à flexibilidade do processo e das máquinas impressoras para incorporar sistemas de acabamento inline, como a formatura de sacos e sacolas, caixas, acabamento editorial, revestimentos, laminação, dentre muitos outros. A flexografia lidera o mercado no que toca à versatilidade em agregar operações de conversão e inline finishing.

Os contras da flexografia

Além do problema de squash citado anteriormente, temos a tendência da indústria em utilizar o mesmo cilindro anilox para todo o tipo de trabalho a ser impresso. Esse hábito infeliz faz-nos crer que o anilox deverá apresentar uma ótima cobertura de tinta e uma boa gama de densidades sobre os mais variados suportes, duros ou macios, regulares e irregulares, absorventes e nãoabsorventes, o que na prática quase nunca acontece.

O custo elevado de insumos flexográficos também limita os usuários desse processo. Afinal, um clichê de fotopolímero ou um sleeve efetivamente bons, cilindros anilox e seus custos de limpeza e manutenção, lâminas raspadoras do conjunto encapsulado e fitas-dupla-face tecnicamente recomendadas resultam num valor considerável, no custo final do produto.

Atualmente, todos os processos de impressão permitem a adoção de fluxos de trabalho digitais, o que amortiza em parte o custo de obtenção das fôrmas de impressão. O mito de que os cilindros de rotogravura eram muito mais dispendiosos que as chapas de fotopolímero já foi em muito superado.
Em alguns casos, o cilindro de rotogravura é muito mais barato que o clichê flexográfico.

Porém, somando-se os prós e contras da flexografia, o processo é extremamente viável economicamente, em nichos específicos de mercado, como a impressão de rótulos e etiquetas (narrow web) e embalagens (wide web). A impressão de produtos editoriais também é possível, muito embora ainda tenha sido pouco explorada em nosso país.

Retículas para flexografia

A diferença gradual das inclinações de retículas entre cores deve ser de no mínimo 30 graus. Um valor inferior a esse certamente resultaria no moiré, padrão gerado a partir da interferência entre dois ou mais padrões diferentes sobrepostos.

Como opção, a retícula de freqüência modulada (FM Screen ou estocástica) poderia ser aplicada à imagem digital, evitando o moiré através da distribuição aparentemente randômica dos pontos de retícula.
Infelizmente, a retícula estocástica não se comporta bem no processo flexográfico, ocasionando entupimento nas áreas de máximas e meios-tons. Retículas híbridas vêm minimizar o moiré e proporcionar uma imagem de alta qualidade, com a mescla das retículas convencional (nas áreas de máxima e meio-tom) e estocástica nas áreas de mínimas ou altas luzes.

O ângulo da retícula do cilindro anilox também deve ser considerado. Inicialmente, as gráficas adotavam uma inclinação de 45 graus — esse valor foi substituído por 60 graus, com uma configuração de inclinações geralmente assim empregada:

- Amarelo, 82,5º
- Magenta, 67º
- Cyan, 7,5º
- Preto, 37,5º

A relação entre a lineatura do cilindro anilox em relação à lineatura dos clichês é de quatro a cinco vezes maior do primeiro em relação ao último, em função do tipo de ponto utilizado.

CtP para flexografia

Uma tecnologia polêmica em todos os campos de utilização, o CtP para flexografia é uma realidade, mas com restrições. Poderíamos resumir essas restrições em custo.

Infelizmente, a realidade do nosso país é voltada exclusivamente para o segmento de offset. Rotogravura e flexografia têm investimentos relevantes em equipamentos, mas deixam a desejar muito em investimento técnico (treinamento, atualização das informações, etc.). Calibrados como imagesetters, os sistemas CtP são, na maioria das vezes, inadequados para o perfil da flexografia, apresentando o default da impressão offset.

Os dispositivos de medição das densidades em chapas flexográficas ainda deixam muito a desejar, tanto em velocidade quanto em exatidão. Felizmente, softwares de calibração e compensação têm contornado o problema, adequando as densidades das fôrmas aos resultados impressos de fato.

Prospecção

É cansativo ouvir há mais de 10 anos as previsões de crescimento da flexografia no Brasil e no mundo. Dissertar sobre o potencial do processo de impressão flexográfico é cair na obviedade. O crescimento da flexografia é uma constante.

Os sistemas CtP certamente se desenvolverão ainda mais, tanto no que toca ao equipamento quanto às chapas de fotopolímero e dispositivos de medição e controle. O avanço será acompanhado simultaneamente pelos softwares de calibração e gerenciamento. Novos conceitos de processamento e revelação de chapas isentos de solventes e VOC’s (componentes tóxicos liberados na atmosfera) também permanecerão e, certamente, o enfoque será tão ou maior que o processo digital.

O controle cada vez mais acurado da pressão de impressão e performance da fôrma durante a impressão alia-se ao desenvolvimento de sleeves especiais e máquinas impressoras sem engrenagens.

As máquinas impressoras flexográficas de outrora há muito deixaram a simplicidade de operação e agregaram novos módulos diferenciados, como serigrafia rotativa, laminação a frio e a quente e lenticular graphics.

Não importa quem foi de fato o inventor da flexografia. Quem quer que tenha sido e também quem não o tenha, todos devem estar certamente satisfeitos com os resultados atuais e com as boas previsões da flexografia, que cresce surpreendentemente, num mercado tão competitivo e num contexto econômico tão difícil.

Aislan Baer é gerente técnico da RotoFlexo & Conversão, sócio-diretor da ProjetoPack & Associados e técnico especialista em rotogravura e flexografia da ABTG.

GLOSSÁRIO

Lenticular graphics – Recurso de acabamento de alto impacto visual, no qual o plástico lenticular é laminado sobre o material impresso, gerando efeitos diferenciados como fusão de imagens, 3D e zoom.
Resiliência – Propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O que é Tampografia


Imprimir E-mail
É um processo de impressão por transferência indireta de tinta, a partir de um clichê gravado em baixo relevo com o motivo a ser impresso, por um tampão (almofada) de silicone.

Oferece a maior definição e precisão em traços de linhas finas, o que faz com que seja um processo muito versátil e utilizado para imprimir em superfícies cilíndricas, curvas ou planas, regulares ou irregulares.

Aplicações típicas incluem brinquedos, relógios, aparelhos eletrônicos, eletrodomésticos, vidrarias, brindes e outros.

Image

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dicas

PapeisO Papel
 
Os papéis são fabricados com polpa de fibras que podem ser de uma variedade imensa de materiais. Os mais comuns são feitos de fibras de madeira, os mais nobres, de fibras de algodão. Conheça algumas informações e dicas sobre o papel e significado de termos relacionados a ele.


Papel é ingrediente da criação.

Ter o papel como matéria prima, no processo de criação de um projeto gráfico além de ser importante, se não fundamental, traz uma série de vantagens. 

A escolha do processo de impressão pode ampliar ou restringir as opções do tipo de papel a ser utilizado.
A cor, a textura e o acabamento do papel deixam de ser problema na hora da produção gráfica.
O melhor aproveitamento do formato do papel e do sentido da fibra já pode ser definido na criação.
Finalmente se evita uma serie de desperdício, o que proporciona um material final mais racional e econômico, e porque não mais social e ecologicamente correto.

Fonte:http://papeisespeciais.com.br/?ideia=dicas&id=65

SERIGRAFIA ARTISTICA

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dicas


Técnicas de Impressão Touch (Curious)

Impressão Desktop: A superfície touch não é compatível com impressões á laser ou jato de tinta.

Impressão: O acabamento soft pode se impresso em Off-set desde que se observe as recomendações à seguir, assim como pode ser impresso em técnicas como relevo-seco, serigrafia e hot-stamping. Áreas com maior cobertura de tinta podem comprometer o efeito soft da superfície do papel.

Impressão Off- set: Para obter melhores resultados recomendamos imprimir a superfície soft com tintas UV. Pode-se utilizar tintas de secagem 100% por oxidação no lado do papel que não tem a superfície soft, porém tome os seguintes cuidados: use pó anti-decalque de pelo menos 35 microns; faça pilhas pequenas e utilize o processo UCR (under-colour removal) para áreas muito escuras, sempre com tintas UV.

Lineatura: Lineatura de 133 a 150 lpi é recomendável para imprimir a superfície soft. Porém lineaturas mais finas podem ser utilizadas com um controle rigoroso da densidade da tinta, incluindo o possível uso do processo UCR (under-colour removal). Retícula estocástica também pode ser usada.

Relevo Seco: A superfície soft é totalmente adequada ao relevo-seco. Canaletas de bordas arredondadas podem evitar quebras no relevo.

Hot-Stamping: Curious Touch soft pode ser impresso com hot-stamping, porém devido à sua superfície única a área impressa pode ficar com efeito fosco. Assegure-se com um teste de estar utilizando uma fita de hot-stamping compatível com o papel.

Serigrafia: Impressão serigráfica UV obtém ótimos resultados assim como tintas convencionais com secagem em estufa.

Verniz: É possível aplicar verniz na superficie soft, porém isso elimina o toque especial do papel. Aplicar o verniz na serigrafia é a única forma de obter bons resultados.

Aplique verniz fosco para selar a superfície do papel e posteriormente o verniz com brilho. Pode ser necessária mais de uma aplicação do verniz com brilho e mesmo assim recomendamos um teste prévio.

Laminação: Laminar o lado do papel com a cobertura soft obviamente elimina seu efeito, porém o lado não tratado pode ser facilmente laminado.

Dobra e Vinco: Para garantir bons resultados recomendamos vincar o produto antes de dobrar, principalmente para o 300g/m2.

Manuseio de envelopes: Recomenda-se fechar e postar manualmente envelopes feitos com a superfície soft. 

Fonte:http://papeisespeciais.com.br/?ideia=dicas&id=61

Vídeo de Produção Gráfica

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Tampografia




É um processo de impressão por transferência indirecta de tinta, a partir de um cliché gravado em baixo relevo com o motivo a ser impresso, por um tampão (almofada) de silicone.

Oferece a maior definição e precisão em traços de linhas finas, o que faz com que seja um processo muito versátil e utilizado para imprimir em superfícies cilíndricas, curvas ou planas, regulares ou irregulares.
 
Aplicações típicas incluem brinquedos, relógios, aparelhos electrónicos, electrodomésticos, vidrarias, brindes e outros.

A Tampografia foi inventada no século XIX, pela corte inglesa. Com um sistema rudimentar de tampões em gelatina, para decorar as vasilhas da Rainha Vitória. Nos anos de 1950, se desenvolveu ao nível industrial, inicialmente com a decoração de relógios de pulsos suíços.

Basicamente é um sistema de impressão que permite transferir figuras, palavras, desenhos, fotografias, etc. desde um baixo-relevo a uma superfície que pode ser bem plana ou bem irregular, como uma casca de noz, por exemplo.

Pelo processo tampográfico é possível imprimir em qualquer superfície e material.


Sistema de tinteiro aberto:
                                     
A máquina trabalha com uma espátula que empurra a tinta para o cliché e quando retorna, raspa o excesso de tinta com uma lâmina, deixando apenas a tinta necessária à impressão nas áreas de baixo relevo do cliché.

Depois desta passagem, o tampão de silicone desce até ao cliché, retirando a tinta e transferindo-a para a peça.
 


Sistema de tinteiro fechado:
  
Neste sistema as lâminas são substituídas por um reservatório de formato cilíndrico, onde é colocada a tinta. Esse reservatório encontra-se sobre o cliché.

O trabalho de raspagem é feito pela própria borda do reservatório que é fabricada em cerâmica, dando-lhe resistência e durabilidade.

Após esta passagem, como no sistema aberto, a tinta que ficou nas áreas de baixo relevo do cliché é transferida através do tampão de silicone para a peça.
 



Qual a diferença entre serigrafia e tampografia?

Basicamente são sistemas de impressão que se complementam muito bem. A tampografia é muito utilizada actualmente para imprimir superfícies irregulares, onde seria difícil imprimir em serigrafia.

Para a impressão de grandes áreas, é mais recomendada a serigrafia, assim como para fundos que necessitam de grande cobertura de tinta.



Quais as vantagens na tampografia?
 
1) Altíssima qualidade de impressão em grafismos e traços finos,
 
2) Possibilita impressões em superfícies irregulares, côncavas, convexas e em degraus;
 
3) Processo de impressão contínua, sem necessidade de constantes paragens para acerto na qualidade de impressão, permitindo uma elevada produção horária;

4) Índice mínimo de rejeição de peças, e com possível recuperação, ocasionando economia de material e ganho de produção;
 
5) Número extremamente elevado de impressões com o mesmo cliché, e possibilidade de impressão até 4 cores na mesma máquina.
 


Onde aplicar a impressão tampográfica?
 
A impressão TAMPOGRÁFICA pode ser realizada em peças compostas de termoplásticos, metais, vidros, madeiras, couro etc. Sendo utilizada na Indústria eléctrica, electrónica, brinquedos, brindes em geral, embalagens, utensílios domésticos, peças técnicas (escala métrica, termómetro, instrumentos de medição, etc.), na indústria automobilística, óptica, calçados, enfeites, relógios e outros.

off-set dicas

domingo, 2 de outubro de 2011

Tipos de impressão Gráfica

Tipos de Impressão gráfica

Estar familiarizado com os tipos de impressão gráfica na hora de contratar e enviar seus arquivos para uma gráfica é essencial, até mesmo para correta composição dos arquivos, e conhecer os processos de impressão é muito importante na hora de definir os custos e prazos para impressão de qualquer projeto gráfico.
Relacionamos abaixo alguns dos métodos mais utilizados para produção gráfica e as características de cada um.
Impressão Offet

Offset

É o método mais comum da indústria gráfica e utilizado pela maioria das empresas que prestam serviços de impressão em grande escala. A impressão offset é uma ótima opção quando se necessita de economia. Basicamente o sistema de impressão utiliza a imagem gravada em uma chapa de metal transferindo a tinta para o papel através de cilindros de borracha.
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Impressão digitalImpressão digital

Desde que foi introduzida a impressão digital tem ganhado muito do mercado gráfico, por sua agilidade e também pela facilidade do processo de impressão, pois as imagens são transferidas diretamente do computador para o papel, da mesma forma que as impressoras pessoais que temos em casa.
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TipografiaImpressão tipográfica

Um dos primeiros métodos de impressão, a tipográfica que foi criada por Gutenberg, utiliza o conceito de impressão em relevo, onde a imagem a ser impressa é gerada em uma superfície e depois transferida para o papel. Aos poucos esse método está se tornando obsoleto, ficando ultrapassado pelos métodos atuais que dão mais agilidade e recursos na produção gráfica.
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Impressão eletrostáticaImpressão eletrostática

È muito semelhante a fotocópia, pois a imagem é transferida para o papel através do calor, e assim como a impressão digital é indicada para produção de pequenas tiragens.
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SerigrafiaSerigrafia

A serigrafia é um dos métodos de impressão mais antigos desta lista, também com a evolução da tecnologia tem perdido bastante do seu destaque, mas ainda é mito utilizado na produção de brindes e estamparia. Na serigrafia a imagem é gravada em uma tela de tecido, por meio de emulsões e posteriormente transferida para o papel ou a peça a ser personalizada.

Fonte:http://www.graficaebrindes.com/tipos-de-impressao-grafica.html

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Origem da Rotogravura

A origem da rotogravura começou com os criativos artistas da Renascença italiana nos anos 1300. Belas gravuras e entalhes foram feitas à mão em placas de cobre mole. A imagem gravada na superfície era constituída de canais ou áreas mais ou menos profundas. A palavra italiana intaglio (pronuncia-se in-ta-lio) significa "gravado ou cortado em sulcos". Intaglio refere-se a um método de gravação e impressão cuja imagem transportada consiste de linhas ou pontos gravados ou produzidos abaixo da superfície da placa de metal. Uma vez a placa pronta, passa-se tinta na superfície da placa, em seguida remove-se o excesso de tinta da superfície e fica somente tinta dentro da área gravada em baixo relevo. Daí, coloca-se um papel na superfície e pressiona-se o pepel para remover a tinta de dentro da gravação. Assim, a impressão está pronta!

O primeiro intaglio foi utilizado para a impressão na Alemanha em 1446 no mesmo período que Gutenberg desenvolveu e utilizou os tipos móveis. Infelizmente, o processo intaglio não era compatível com impressão tipográfica de Gutenberg (em alto relevo), de modo que não foi aprovada no início das impressoras e continuou a ser um processo manual por muitos anos.

A moderna impressora de rotogravura resultou da invenção da fotografia e da adopção de cilindros de impressão rotativa. William Henry Fox Talbot inventou o chamado "meio-tom" ou a retícula em 1860, como um método de dividir imagens de tom-contínuo em uma série de discretos pontos.

Este método (meio-tom) foi utilizado para reproduzir imagens fotográficas em todos os processos de impressão. Auguste Godchaux recebeu uma patente para uma impressora rotativa de rotogravura alimentada a bobina em 1860. Esta impressora estava ainda em uso em 1940! O processo foi refinado pelo alemão Karl Klíc (que está na imagem acima) e pelo inglês Samuel Fawcett.

Em 1879, Karl Klíc, era um pintor que vivia em Viena e aprimorou o método do chamado "intaglio" para permitir a gravação de sombras mais profundas de seus desenhos. Além disso, Klíc inventou uma técnica de transferir a imagem de um negativo, para uma chapa de cobre, através de um papel recoberto com gelatina pigmentada. Os resultados foram superiores e daí a rotogravura como a conhecemos, nasceu.

Ambos não tinham patente do processo e tentaram manter suas descobertas em segredo e vendiam o processo como "heliogravura" e também vendiam licenças para a utilização do tal processo de impressão para empresas bem conhecidas na época como T. & R. Annan and Sons, em Glasgow; Adolphe Braun and Company e na F. Brückmann Verlag empresa em Munique. Em 1886, porém, o processo tinha sido publicado em pormenores o que o tornou acessível a qualquer pessoa.

Até o final dos anos 1880, a rotogravura de Klic foi muitas vezes utilizado para ilustrar livros de alta qualidade, com fotografias tecnicamente e artisticamente muito superiores aos métodos tradicionais.

Seu processo permaneceu um segredo até que um de seus trabalhadores emigrou para os Estados Unidos e tornou público. A Reich-Wood Company da Inglaterra construiu a primeira rotogravura que foi instalada nos Estados Unidos pela Van Dyke Company of New York em 1903. Em 1913 o primeiro jornal americano The New York Times começou a ser impresso em rotogravura. O processo continuou a melhorar e a empresa Champlain Company (atualmente Bobst Group) fabricou duas impressoras com corte de cartão em linha para a Jell-O (gelatinas) no início de 1938 e o equipamento já incorporava o registro de cores eletrônico que foi inventado um ano antes. Esse novo conceito de acabamento em linha ganhou o prêmio no ano seguinte no All-American Packaging Competition Award.

O processo continuou a evoluir e em 1961 foi inventado pela companhia Hell a gravação eletromecânica com um diamante fazendo os alvéolos na superfície cilíndrica de cobre. Em 1966 foi inventado nos Estados Unidos o Eletro Assist, equipamento ligado ao rolo de pressão e que facilitava a saída da tinta de dentro dos alvéolos, algo muito útil especialmente para embalagens de cartão. Já em 1968 esse processo de gravação conhecido como Helioklischograph estava consolidado e os controles digitais foram acrescentados em 1983. Em 1995 a empresa MDC Max Daetwyler lançou a LaserStar, a primeira gravadora à laser.

Fonte:http://www.rotogravura.com/origem_da_rotogravura.html

MÉTODOS DE GRAVAÇÃO




A gravação Convencional com Papel Pigmento
Os métodos de gravação foram evoluindo conforme as descobertas da fotografia também o foram. O princípío mais antigo era o da gelatina bicromatada e que era muito comum até a década de 1980. Consistia em uma fina gelatina orgânica aplicada na superfície de um papel. Então esse papel com a gelatina seca era imerso em um banho de Bicromato de Potássio. Assim, a gelatina se tornava sensível à comprimentos de luz ultra violeta. Então se copiava uma retícula de ponto quadrado, redondo ou almofada (estrela). Seguia-se então uma segunda cópia com uma ima gem fotográfica no filme de tom contínuo positivo. A gelatina endurecia mais nas áreas claras e menos nas áreas escuras. O processo passava-se ao transporte dessa fina camada de gelatina copiada para a superfície do cilindro de cobre por meio de pressão e água. Em seguida ocorria a remoção e revelação (remoção da gelatina que não foi totalmente encurecida pela luz) utilizando-se de vários banhos de água fria e quente. Finalmente pinta-se as grandes áreas de não grafismo e grava-se o cilindro com banho de Percloreto de Ferro ou Cloreto férrico. Esse era um processo longo e delicado, porém conferia ao produto impresso uma excepcional qualidade visto que parecia verdadeiramente uma foto impressa com riqueza de detalhes. O processo de endurecimento da gelatina maior ou menor fazia com que o Cloreto Férrico atravesse mais ou menos e gravasse mais ou menos a superfície do cobre. Assim, a gravação tinha profundidades diferentes ao passo que a abertura ou largura dos alvéolos permaneciam os mesmos. Esse processo foi chamdo de Gravação Convencional com papel pigmento.
Eram utilizadas retículas muito finas acima de 100 linhas por centímetro. Durante muitos anos esse foi o processo dominante para gravação. A desvantagem desse processo eram os longos tempos de processamento, o custo da gelatina que era produzida por poucas empresas e a falta de repetibilidade, pois os processo dependia muito da especialidade dos operadores especialmente no processo da gravação química fazendo disso uma verdadeira arte e bastante manual apesar das inovações técnica de tanques e controle de processos. 

Gravação Autotípica
O sistema Autotípico foi outro sistema que veio viabilizar a gravação por volta da década de 1950, pois partia do uso de uma camada de "verniz" ou resina igualmente sensível à luz ou também chamada de camada "photoresist" e que era espalhada por uma pistola de ar ou um anel de plástico que revestia a superfício do cilindro de cobre. A camada secava rapidamente e processava-se a cópia com filmes reticulados positivos. Esse método muito mais simples e rápido passou a dominar a maneira de gravar cilindros, porém apenas na indústria de embalagens. Porém, a definição de imagem perdia muito muito visto que já partia de um filme reticulado e não de um tom contínuo. Além disso, devido à aplicação da camada era possível fazer impressões de chados sem emenda (seamless) algom muito difícil em gravação convencional. Já nas empresas de editoria, devido ao largo formato de cilindros com mais de dois metros, o processo convencional continuou até surgir a gravação eletromecânica.

A Volta da gravação química
Devido à necessidade de caracteres com alta definição, a indústria japonesa voltou-se para a gravação química. Pode parecer um retrocesso, mas não é. Há uma combinação interessante do digital com o processo químico. Funciona assim: O cilindro de cobre é recoberto com uma camada fotossensível. Daí, o cilindro vai para um equipamento de cópia digital que irá “copiar” a imagem, quer dizer, endurecer as áreas de não-imagem ou contra-grafismo bem como definir as retículas da área de grafismo (imagem) que ficarão sujeitas à ação do revelador na próxima etapa. O próximo passo é a revelação ou remoção das áreas de grafismos que não foram endurecidas usando-se para isso um solvente. O cilindro vai então para a gravação química a base de Percloreto de Ferro (FeCl3) que atacará o cobre formando assim as células ou alvéolos. Depois de lavado a última etapa é a aplicação de uma camada de 4 a 6 micras de cromo duro e então estará pronto para a impressão.

Gravação Eletromecânica e à Laser

A gravação eletromecânica foi inventada em 1961 pela empresa alemã Hell e não demorou até tornar-se popular. Empresas de embalagens e editoras logo passaram a utilizar. Mas as editoras perceberam uma vantagem na rapidez visto que os periódicos obviamente precisavam de muita rapidez e era uma corrida contra o tempo. Desenvolvolveu-se para as empresas de editoria especialmente, um produto chamada Opaline que carregava a imagem reticulada mas que o cabeçote de leitura da gravadora que era preparado para ler tons contínuos, era desfocado para que a máquina "lesse" as áreas de mínima, médias e máximas como se fosse um tom contínuo e enviasse essa informação para uma central que transformava esse impulso ópitico/elétrico em vibração de um pequeno diamante instalado num cabeçote e que fazia os alvéolos na superfície do cilindro de cobre a uma incrível velocidade de cerca de 3.500 impulsos ou alvéolos por segundo!
 Com o aparecimento dos computadores gráficos na década de 1990, a gravação eletromecânica abandonou os filmes, opalines e tons-contínuos para trabalhar com imagens digitais e tornou-se o processo de gravação dominte no mundo, tanto em embalagens quanto em editoria.
A empresa alemã Hell não parou de pesquisar novos meios de gravação e tentou a gravação por feixes de elétrons (Eletron Beam) e também à laser. Dezenas de tentativas com esses dois meios foram frustadas, mas finalmente a empresa lançou em 1995 a LaserStar, sua gravadora à laser. Muito mais rápida o laser não gravava o cobre e sim uma superfície de zinco que reflete menos os raios de luz gerados pelo laser e que eram o grande impecílio ao desenvolvimento dessa tecnologia. A gravação à laser prosperou no mercado editorial visto que a gravação pode chegar a 120.000 alvéolos por segundo. Isso é um importante diferencial visto que os cilidros são muito largos e demoram muito na gravação eletromecânica. Dessa forma o custo/benefício desse equipamento caro compensa em editoria, mas não na maioria das empresas de embalagens.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Prazo para inscrições: Ilha Design promove três dias voltado para o design social

Acontece entre os dias 25 e 27 de outubro o Ilha Design – um projeto voluntário desenvolvido por alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que pretende utilizar design e arte como instrumentos de inclusão cultural e social.

O projeto está sendo desenvolvido na Escola Municipal Brigadeiro Nóbrega, na Vila do Abrãao, em Ilha Grande, no Rio. Durante os três dias, no local, oficinas e espaços abertos vão debater e trocar conhecimentos acerca do Design Universal, ou Design Total, que é o design para todos, o design que inclui – enfoque para produtos, serviços e ambientes que possam ser utilizados pelo maior número de pessoas possível – diretamente relacionado ao conceito de sociedade inclusiva.

As inscrições para participantes estão abertas até o dia 24 de setembro, em duas modalidades (espaços abertos e oficinas), e podem ser feitas no site do projeto, onde há informações completas. Saiba mais em www.ilhadesign.com.br.

Fonte:http://www.designbrasil.org.br/agenda/eventos/prazo-para-inscricoes-ilha-design-promove-tres-dias-voltado-para-o-design-social

A evolução gráfica num livro único


Da relação dos despachos publicados na Corte no dia 13 de maio de 1808, primeira obra impressa no Brasil, ao primeiro número da revista O Cruzeiro, publicado em 15 de dezembro de 1928, passando pelo cardápio do célebre baile da Ilha Fiscal, a extensa pesquisa iconográfica desenvolvida por Rafael Cardoso, organizador do livro O Impresso no Brasil, 1808-1930: Destaques da História Gráfica no Acervo da Biblioteca Nacional (Editora Verso Brasil, 180 páginas, R$ 90), resultou num sedutor volume que reúne nada menos que 350 ilustrações raras. Garimpadas num acervo público, o da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, muitas delas são desconhecidas ou nunca foram reproduzidas.

Mais do que um curioso livro para nostálgicos, o livro organizado por Cardoso mostra a evolução não só da linguagem gráfica como acompanha o nascimento da modernidade entre nós, revelando, por exemplo, como a configuração visual dos grandes jornais, entre eles o Estado, mudou nas primeiras décadas do século 20 em função das exigências do público, acelerando, inclusive, o desenvolvimento da linguagem publicitária nos periódicos, assunto ainda pouco estudado.

Artistas que depois ficariam famosos, como Bordallo Pinheiro e Di Cavalcanti, começaram suas carreiras como criadores gráficos de anúncios publicitários. Peça pouco conhecida do último, o anúncio que Di Cavalcanti fez para a pasta de dentes Odol, em 1928, já prenuncia o futuro do desenhista (melhor até que pintor) que se tornaria um dos principais modernistas brasileiros. Em tempo: o anúncio foi produzido para a revista O Cruzeiro, um marco na imprensa, que acompanhou quatro gerações de brasileiros.

No entanto, “o livro é sobre a história dos impressos, e não somente da imprensa”, alerta o organizador Rafael Cardoso, embora a distinção, como reconhece, possa parecer artificial. Referindo-se a estudos sérios já publicados sobre o assunto no Brasil – entre os quais se destacam os quatro volumes da História da Caricatura no Brasil de Herman Lima e a História da Imprensa no Brasil, de Nelson Werneck Sodré -, Rafael Cardoso diz ser revelador o fato de esses estudos terem surgido no exato momento em que a imprensa “se viu acuada pela ameaça da censura e sua concretização na ditadura de 1964 a 1985″. Por coincidência, seu livro Impresso no Brasil é publicado justamente quando o jornal Estado completa 102 dias sob censura.

Um periódico desrespeitado é uma história que deixa de ser contada, prejudicando toda a comunidade. De certo modo, o livro conta como a censura no fim do século 19, de modo semelhante, tentou ser mais real que a realidade ao destinar ao limbo revistas lidas às escondidas como O Rio Nu. Fundada em 1898 e bastante crítica quando o assunto era a hipocrisia de respeitáveis burgueses frequentadores de bordéis, o periódico semanal, num lance de ousadia, estampa na capa (isso em 1903) uma mulher nua ao lado de um sonolento dândi, que desliza num sofá para lá de suspeito.

O século 20, escreve Cardoso, chegou fazendo barulho e o pesquisador conseguiu preciosos exemplos da modernidade gráfica e comportamental, como a capa de outro semanário, A Maçã, publicado em 1923 (um ano depois da Semana de Arte Moderna). Nele, uma domadora de circo, com chicote e figurino sadomasoquista, tenta fazer com que um urso obedeça ao seu comando (veja ilustração ao lado). Como a década de 1920 marcou a consolidação do mercado de revistas no Brasil, um capítulo é dedicado a publicações que faziam enorme sucesso junto aos leitores, como a revista semanal Para Todos, da qual se reproduz nesta página a capa de uma edição de1927.

O estudo de Cardoso termina justamente com as revistas pioneiras que integram imagens fotográficas à estrutura de suas páginas, entre elas a Para Todos, que fazia uso (já em 1926) de uma diagramação pouco convencional e colorizava fotomontagens. Como se vê, a edição em fotoshop não surgiu com o computador. Muitos corpos de beldades já foram corrigidos antes dele. D

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091110/not_imp463732,0.php

Antonio Gonçalves Filho

Fonte:http://www.brasilcultura.com.br/cultura/a-evolucao-grafica-num-livro-unico/